
Desprovido de louvações
E de menções significativas
Busco um termo nas orações
Onde as palavras estejam vivas
Em um amanhecer doentio
Quando o vazio pinta o horizonte
Saboreio o eterno fastio
Sob o leito do rio Aqueronte
Numa constelação esquecida
Vejo a vida do meu purgatório
Arrastada e despercebida
Por um sentido azul e ilusório
E o sol que não me aparece
Nem reconhece a minha fissura
De uma alma que ainda perece
E se esquece da prece mais pura
Cristiano Cabral Marques
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