segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Assombro


Vês meu nome estampado
Num jazigo reluzente
Em um verso deprimente
Das promessas do passado

Numa oração tardia
Onde um padre esquecido
Beija o meu ego perdido
Bem no meu último dia

Sobre um novo entardecer
Que anoitece sem futuro
Aos delírios do escuro
Entrego o meu perecer

E aos vermes encaminho
Toda a minha evidência
Desta sórdida existência
Eu descansarei sozinho

Cristiano Cabral Marques

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