Madrugada eterna
Eu vejo prédios sem cores
Em uma cidade escura
Onde não existem flores
E o vazio sempre perdura
Entre as pessoas sem face
Uso os meus dedos cruzados
E o destino é um disfarce
Pra manter os olhos fechados
Aprecio a tristeza noturna
Que desagua nos apartamentos
Usando o meu coração como urna
Pra fugir destes maus sentimentos
Que pincelam as ruas vazias
E os becos escuros da alma
Madrugada que perdura dias
Porque Deus te deu essa calma?
Cristiano Cabral Marques
2 comentários:
Muito bom, Cristiano! :)
Abraço,
Ane
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