segunda-feira, 26 de abril de 2010

Resultado de uma insônia febril

Madrugada eterna

Eu vejo prédios sem cores
Em uma cidade escura
Onde não existem flores
E o vazio sempre perdura

Entre as pessoas sem face
Uso os meus dedos cruzados
E o destino é um disfarce
Pra manter os olhos fechados

Aprecio a tristeza noturna
Que desagua nos apartamentos
Usando o meu coração como urna
Pra fugir destes maus sentimentos

Que pincelam as ruas vazias
E os becos escuros da alma
Madrugada que perdura dias
Porque Deus te deu essa calma?

Cristiano Cabral Marques

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Muito bom, Cristiano! :)

Abraço,
Ane