segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sobre as noites

As noites mais cruas

Você me faz ser um poeta sangrento
Um filho do vento marcado e perdido
Um ser esquecido por um sentimento
Que faz um lamento ao ser corrompido

Me fazes gritar os nomes das ruas
Ou de todas as luas de um mundo esguio
Banhado num rio por sereias nuas
Nas noites mais cruas me sinto vazio

Então entro nessa imensa escuridão
E vendo o meu coração por quase nada
Poluindo a estrada viril do perdão
Sinto a minha razão de viver acabada

E corro outros templos da felicidade
A minha caridade já está perdida
A sua despedida é mais uma realidade
Pois a minha vaidade destrói a sua vida

Cristiano Cabral Marques

Um comentário:

Anônimo disse...

A minha vaidade destrói a sua vida?isso é forte..... muito bom poeta!