quinta-feira, 16 de julho de 2009

Isolação

Confinado

O meu estado me impede
De nadar em outros mares
Apodrecer em outros bares
Mas é o que o corpo pede

Enquanto eu fico deitado
Nesta data tão vazia
Vejo apodrecer o dia
Como um fruto estragado

As paredes acabadas
Refletem um sentimento
Sobre o meu confinamento
Perdido entre as estradas

Que me levam ao meu ninho
Onde morro e adoeço
Pois a alma não tem preço
Quando se morre sozinho

Cristiano Cabral Marques

Um comentário:

Eugênio C. Brito disse...

Belo poema. Estar sozinho em meio ao tudo que nos rodeia pode ser bom as vezes, se usdo para reflexão e autoexame.Mas se usado às avessas pode acabar com nosso estado de espirito sadio.Abraço, Cristiano!