Confinado
O meu estado me impede
De nadar em outros mares
Apodrecer em outros bares
Mas é o que o corpo pede
Enquanto eu fico deitado
Nesta data tão vazia
Vejo apodrecer o dia
Como um fruto estragado
As paredes acabadas
Refletem um sentimento
Sobre o meu confinamento
Perdido entre as estradas
Que me levam ao meu ninho
Onde morro e adoeço
Pois a alma não tem preço
Quando se morre sozinho
Cristiano Cabral Marques
Um comentário:
Belo poema. Estar sozinho em meio ao tudo que nos rodeia pode ser bom as vezes, se usdo para reflexão e autoexame.Mas se usado às avessas pode acabar com nosso estado de espirito sadio.Abraço, Cristiano!
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