quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Perdido no Inferno

No coração um grito ecoa
Onde um corvo velho voa
E plana raso, perto do chão
Comendo os restos dessa estação

Na alma existe uma luz fraca
Um tanto febril, quase opaca
Onde haviam vários Serafins
Hoje habitam vermes ruins

Ali onde os deuses eram ditosos
Agora os demônios estão orgulhosos
De consumirem mais um pecador
Um estuprado mental sem valor

Se nem o prazer esse corpo conhece
E até o anjo da morte o esquece
Como um zumbi, um mártir eterno
És mais um aborto perdido no inferno

Cristiano Cabral Marques

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