
Parece certo! No mês de Janeiro, academias de musculação ficam entupidas de gente querendo modelar os seus corpos para estarem esbeltas (mulheres) ou inchadas (homens) visando o vindouro carnaval. Essas mesmas pessoas são as que aproveitam o carnaval para atividades como sair beijando qualquer um por aí, enchendo a cara e arrumando confusão. São cidadôes que passam o ano enteiro dizendo que amam o carnaval mesmo sem saber cantar sequer uma música, ou pelo menos saber qual o verdadeiro sentido da festa, muitas vezes sem saber que o carnaval não é só isso o que eles fazem.
Por esses dias, andei saindo sozinho por prévias de carnaval e cheguei a essa conclusão de que certo tipo de pessoas (não todas) usam o carnaval simplismente para praticar os seus excessos, que vão da luxúria exacerbada ao consumo de drogas pesadas, ao invés de procurarem conhecer e aproveitar também do melhor do carnaval, que é a sua cultura.
Sou morador de Olinda desde os meus primeiros dias de vida e aprendi a amar e saborear essa arte que há tanto me acompanha, mas o que vejo por aí nem sempre é assim. Noto que as ruas preferidas dessas pessoas (13 de maio e Ribeira) geralmente são as que passam poucos blocos e agremiações mas são abarrotadas de gente, ou seja, o carnaval dessas pessoas acaba se transformando em um acúmulo de coisas que podem ser feitas o ano enteiro, deixando de lado o lado lírico e poético que os quatro (hoje são mais) dias de Momo. Certas pessoas pensam no carnaval como época de simplismente sair pelas ruas ficando com todo mundo e elevando o seu estado mental da maneira que achar melhor (nada contra ambos), esquecendo que existem brincadeiras e curtções diferentes que só acontecem naquela época.
Não sou careta e tão pouco evangélico, mas ao observar essas pessoas me bate uma indagação e me brota uma pergunta: Se esse carnaval que eles brincam é algo que pode ser feito em qualquer época do ano, então porque eles dizem amar tanto os quatro dias de fevereiro, se não sabem nem do que se trata?
O carnaval de Olinda é para ser degustado de maneira que possamos saborear tudo o que engloba a sua cultura, desde as músicas (frevo, maracatu, etc) até as fantasias, bailes e blocos.
O único erro dessas pessoas é não ter vontade e nem se esforçarem para conhecer a cultura da sua terra, que é mundialmente aclamada. Saiam dos shoppings e academias e procurem conhecer o verdadeiro valor do carnaval, vocês podem se surpreender!
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