sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O astronauta louco/ O belo amante

O astronauta louco

Posso até estar louco
Ou simplesmente doente
Preso num imenso oco
No vazio da minha mente

Talvez eu esteja perdido
Em algum lugar distante
Plenamente esquecido
Nem vadio, nem amante

Caminhando numa estrela
Há milhões de anos luz
Que já não me deixam vê la
O meu instinto me conduz

Posso até estar distante
Há um milênio ou um segundo
Mas a verdade é frustrante
Não serei seu nem desse mundo

Cristiano Cabral Marques



O belo amante

Ele chega nos teus sonhos
Enquanto você suspira
Lendo versos tão tristonhos
Com esses olhos de safira

Vem com a bela lua cheia
Ou num dia ensolarado
O seu pensamento vagueia
Quando ele está ao seu lado

Você vê coisas tão belas
Fica com o olhar distante
Você reza, acende velas
Chamando o seu belo amante

Com o coração tão puro
E esse cheiro de jasmim
Sei que o amas no escuro
Mas nunca amarás a mim

Cristiano Cabral Marques

Dois poemas escritos com temáticas de certa forma igual e ao mesmo tempo diferentes, pois uma aborda a loucura e outra a insatisfação. Belas pedidas para se iniciar um final de semana pré carnavalesco, onde ambas as coisas são válidas (ficar louco, virar amante ou sofredor). Por isso escolhi esses dois poemas para iniciar os festejos de Momo, onde tudo pode acontecer.

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