sábado, 3 de janeiro de 2009

Explosões e cores

Faltavam poucos minutos para o iníco das festividades e eu, como de costume, estava na beira-mar apreciando todas aquelas pessoas com rostos felizes e suas roupas de gala esperando dar meia-noite. De repente, me deparo com uma morena linda, de beleza exótica e diferente, com um olhar tão imponente, quase militar, usando um vestido preto curto e com os olhos fixado nos meus.
Me aproximei, tentei falar com ela, perguntar alguma coisa, mais era terde demais pra isso. Em menos de um segundo me senti acorrentado por aqueles braços finos e aquela boca úmida tocando a minha, que anida não intendia o que estava acontecendo. Beijei-a com a maior intensidade que um homem pode beijar uma mulher. Parecia que o beijo tinha durado horas!
Olhei-a. Ela estava com o semblante de uma criança quando que pedir alguma coisa de forma manhosa. Nos entrelaçamos novamente e depois de outro transe libidinoso, nos demos as mãos e saímos andando sorrindo e sem dizer uma palavra um ao outro. Fomos para a parte mais escura e calma da praia e novamente, quase que de forma magnética, nos entrelaçamos. Pareciíamos um só ser num êxtase erótico e lacivo. Quando as primeiras garrafas de champagne estouraram, senti o meu corpo queimar e tremer internamente; senti que a respiração dela estava aguçada e logo depois, ela me mordia como um animal faminto e feroz.
Então, quando os nossos corpos já não nos pertenciam mais, comecei a ouvir os fogos explodindo no ar. Sentia aquelas maravilhosas expçosões ecoando dentro do meu corpo e, mesmo com os meus olhos fechados, de alguma forma, conseguia ver aquelas maravilhosas e coloridas explosões no céi da minha alma.
Depois de um imenso clarão e um forte terremoto que se alasrtou por toda a terra, começando pelas minhas pernas. Me senti fraco e ansetesiado, sentindo que ela se afastava de mim.
Nos olhamos mais uma vez e nos beijamos daquela forma animal. No final daquele beijo, sabia que além do ano havia algo a mais acabando naquele momento. Nos distanciamos com um sorriso abobalhado e um olhar que certamente varou nossoa corações e mentes.
De certa forma, eu sabia que aquela seria a única vez que viria aquela bela mulher, e que assim como os anos se distanciam, nós nunca mais nos cruzaríamos. Mesmo assim, depois de dez anos, em todo reveillon me lembro daquelas cores e fogos que nunca mais verei novamente.

Cristiano Cabral Marques

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