
Ao me deparar com a obra de Jack Kerouack, vi uma nova estética de narrativa e um certo estilo de observação do autor, onde podia enxergar beleza em coisas simples e cotidianas, diferentes dos grandes catedráticos. Em Tristessa, não é diferente.
A histíria (sim, é autobiográfica) se passa no México onde Jack, um poeta (pseudônimo de Kerouack), viaja para escrever poemas e acaba conhecendo Tristessa, uma prostituta viciada por quem ele se apaixona. Vale lembrar que o nome original da garota por quem o autor se apaixonou é Esperanza, e que sabiamente, foi substituído para dar mais ênfase à obra.
No romance, o cenário mexicano é um subúrbio habitado por prostitutas, bandidos e viciados, todos coadjuvantes de uma miséria gerada pelo vício e tráfico. O livro também narra, de maneira penosa, a auto destruição dos viciados em morfina e pílulas.
Com passagens budistas, os tradicionais vôos boêmios de Kerouack e belos discursos sobre o amor e a pessoa amada, por mais errada que seja, esse romance foge do contexto natural das histórias fictícas de casais apaixonados que costumamos ver em livros, filmes ou novelas. É uma ótima pedida para os amantes da geração beat, de boa leitora e os que não conhecem ainda esse belo e triste romance.
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