Em todos os nomes que esqueci
Existe uma perda que não chorei
No leito em que eu adormeci
Não haviam honras de um rei
Em todas as cartas não enviadas
Existe o doce prazer da essência
Ao destruir as noites caladas
Repatriando os jardins da ciência
Mesmo o silêncio tão revelador
Que entorpece uma noite tristonha
Traz-me o reflexo demente da dor
de quem esquece o amor enquanto sonha
Nem todas as flores que aqui secaram
Brotaram de um pântano tão esquecido
onde as estrelas jamais ancoraram
Exala o perfume de um ardor proibido
Cristiano Cabral Marques
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