Eu a vi numa noite escura e sangrenta
Quando a tormenta lavava a minha mente
E sem saber se era passado ou presente
Algo entorpecente a mim se apresenta
Sentia-me frio e estava calado
Estando parado eu também me perdia
Numa assombração noturna e sombria
Conheci o prazer de estar acabado!
E o meu corpo perdido em excessos
Ouvia os versos d'um coro sombrio
Ao atravessar este intenso vazio
Que serve de rio entre dois universos
Mesmo sentindo uma forte dormência
Uma efervecência no meu peito brotava
Enquanto o meu corpo me abandonava
Tua face rasgava a minha conciência
Cristiano Cabral Marques
Um comentário:
Eu me sinto fria e calada. Gostei muito do texto.
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