sábado, 30 de outubro de 2010

Delírio Inconsciente

Eu a vi numa noite escura e sangrenta
Quando a tormenta lavava a minha mente
E sem saber se era passado ou presente
Algo entorpecente a mim se apresenta

Sentia-me frio e estava calado
Estando parado eu também me perdia
Numa assombração noturna e sombria
Conheci o prazer de estar acabado!

E o meu corpo perdido em excessos
Ouvia os versos d'um coro sombrio
Ao atravessar este intenso vazio
Que serve de rio entre dois universos

Mesmo sentindo uma forte dormência
Uma efervecência no meu peito brotava
Enquanto o meu corpo me abandonava
Tua face rasgava a minha conciência

Cristiano Cabral Marques

Um comentário:

Unknown disse...

Eu me sinto fria e calada. Gostei muito do texto.