sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O poema maldito

Poema maldito

Destas mãos sujas e frias
Brota um vulto imperfeito
Que atravessa a dor no peito
Conturbando as agonias

Emanando a imperfeição
Nos pensamentos sagrados
Dos pobres embriagados
Que sofrem do coração

Vai quebrando os juramentos
Entre os querubins noturnos
Como vermes taciturnos
Sugam doces sentimentos

Num momento de louvor
Deixa uma triste novena
Sai do mundo e envenena
Matando o seu escritor

Cristiano Cabral Marques

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo poema com a sua licença, peço um espaço para postar o meu:

Os outros de mim

Os dias vêm e vão nada se modifica nada acontece
E não mais que de repente eles aparecem para me atormentar
Eles são fortes, não posso vencê-los, não posso me libertar
Eles vivem em minha mente e sugam a minha juventude
Como loucos vampiros se saciando em o mais espesso dos sangue.

Quem afinal são vocês?
Vocês são idênticos a mim, Serei eu mesmo?
Eu não posso acreditar que me tornei essas pessoas
Vocês não vêm, estão me fazendo sofrer.

Eu só quero ter o controle de mim mesmo
Alguma fraqueza vocês terão que ter
Algum veneno os matará
Diga-me, vocês não podem ser invencíveis, vocês são tão fracos quanto eu
Vocês são apenas ilusões. E nunca passaram disso.

Vocês aos poucos estão se deteriorando. Aos poucos se desfazendo
Aos poucos vocês não mais existirão
Mas vocês são sinceros e talvez não consiga viver mais sem vós
Vocês são meus inimigos mais confiáveis
E talvez o mais amados.