Escorra as suas mãos na minha pele
E depois me vele num sonho perdido
Degustando este meu corpo ferido
Esperando que o meu louvor te sele
Ponha os dedos na minha boca morta
Abrindo a porta do meu desespero
Sentindo o meu gosto, leve destempero
Já que neste leito nada mais importa
Feche as janelas, apague essa luz
Pois a minha cruz é salgada e fria
Mas se já não temes perder este dia
Serás a minha guia aonde a dor reluz
Seja a navalha de mais este corte
Pois a minha sorte é algo perecível
Use o ardor da sua pele sensível
Pois serás o lírio do meu leito de morte
Cristiano Cabral Marques
Depois de um tempo tenebroso, finalmente volto a postar algo.
Um comentário:
Acho engraçado,pois a maioria das tuas poesias q eu li,falam de uma amor sofrido,algo um tanto que fúnebre.Voce parece aqueles jovens poetas depressivos q acham q vão morrer cedo.ai questiono-me vc acha e sente o mesmo?ou apenas inspira-se neles,por isso um estilo tão parecido?creio eu que poesia é o que sente-se de fato não?até pq acho q vc transpira vida!se bem q não creio que tais poetas aspirem de fato a morte se o que escrevem por mais tenebroso que seja é tão cheio de sentimentos.enfim é só uma uma comparação viajada de minha cabeça,e não é critica nem destrutiva ou construtiva é mais uma dúvida que surgiu apartir de uma observação.Voce é uito bom,tem um dom nato,parabéns poeta!
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