O perecer da vida
Jamais serei o que chamas santo
Que curando um pranto alcança a perfeição
Ensurdecendo o coração com um leve canto
Vestindo o belo manto da purificação
Jamais serei o que chamas de homem
Destes que consomem a tua carne nova
E se o amor aprova, todos eles somem
Nestas mãos de homem nada se renova
Não serei o sol que aquece o mundo
Nenhum ser imundo terá o meu sabor
Ou sentirá a dor deste moribundo
Que por um segundo viveu do amor
Não serei um vulto que te assombrará
E nem te ajudará numa estrada perdida
Em uma despedida o mundo se abrirá
E já me bastará o perecer da vida
Criatiano Cabral Marques
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