segunda-feira, 15 de junho de 2009

O mais sublime veneno

O mais sublime veneno

Enfrentei o mais triste inverno
Entre as quentes chamas matinais
Escondidas no mais belo inferno

Caminhando entre seres normais
Semeando a mais doce essência
Entre os mais belos madrigais

Me sentindo banhado na ânsia
Despertando uma ideia esquecida
De viver esta precoce infância

Depois de uma noite sofrida
Misturada com o frio do sereno
Fiz de mim a própria comida

Eis o mais sublime veneno
Na beleza de uma canção
Vejo o quanto eu sou pequeno

E depois de uma veneração
Do mais grego dos sofrimentos
Fiz bater o meu coração

Cristiano Cabral Marques

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