sexta-feira, 15 de maio de 2009

Aos mortos que perambulam nas cidades

Diariamente todos nos deparamos com milhares de rostos e opiniões diferentes, mas o que realmente tem de relevante nisso tudo é o que podemos pegar delas. Ensinamentos, comportamentos e exemplos do que se deve ou não fazer englobam uma rede variante das coisas as quais podemos coletar para a nossa mente. Ultimamente, o que vem me chamando atenção são as pessoas mortas, não os assassinados ou falecidos de forma geral, mas sim aquelas pessoas que caminham, vivem, comem, porém no fundo não passam de zumbis de uma sociedade.
Algumas pessoas acham que se transparecerem uma imagem para a sociedade, mesmo que não lhes seja confortável, é algo positivo. Então sacrificam vontades, desejos e sonhos em prol de algo corriqueiro se levado em comparação com o bem estar interno. Resultado, o que vemos são pessoas apáticas, cansadas de si próprias e com ar perdido. E por mais que disfarcem, ao olharmos nos olhos dessas pessoas ainda existe algo que em algum tempo foi um belo jardim florido onde hoje só restam pétalas amareladas de flores mortas.
Essas pessoas, que se distanciam de suas vontades por causa de amores passageiros, caprichos de terceiros ou simplesmente porque não conseguem provar nada a si próprias depois de um tempo tornam-se zumbis, ou seja, corpos ambulantes sem vida que perambulam pela terra sem nenhum brilho ou característica específica. Vivem simplesmente por viver, e não por um objetivo ou desejo, coisas que geralmente foram enterradas no passado. Mas e quando o amor acaba, a beleza vai embora e os caprichos não satisfazem mais as suas existência, o que sobrou? será que o dito morto vivo ainda consegue se livrar dessa carapuça escura que o vestiu durante toda a vida? ou pior, será que o dito cujo quer se ver livre?
Pois é, por isso que é preferível, por mais difícil que seja, cruzar os espinhosos caminhos da vontade, onde mesmo que a desilusão bata em algum momento, será por algo válido e que se acredita.
Os mortos que vimos caminhando pelas cidades não são diferentes dos que vemos nos cemitérios, pois são somente corpos ambulantes sem almas, com a diferença que as assombrações que vemos e conhecemos enterraram as suas almas no passado, ao invés de simplesmente perdê-las, como acontece com todos.

2 comentários:

Jordana Braz disse...

(...)" Pois é, por isso que é preferível, por mais difícil que seja, cruzar os espinhosos caminhos da vontade, onde mesmo que a desilusão bata em algum momento, será por algo válido e que se acredita(...)"


Concordo plenamente e vejo uma certa relação com o mundo bolha que escrevi... rs.

Obrigada pelo post, obrigada por ter clicado no link do meu blog em alguma comunidade do orkut (é do orkut, né? acho que deve ser alguma do Qotsa...)E é isso!

Valeu pela visita e volte sempre ao Antiga astúcia!


Sempre que pude rpassarei por aki!

Beijos.

Eugênio C. Brito disse...

Oi,

acabei de reconstruir um blog desativado que tinha,e gostaria de ser honrado com sua visita para dar uma olhada no que escrevo.Passando por blog de conteúdo,achei o teu e gostei do que vi.gostaria de te adicionar aos meu favoritos desde já,se assim você me permitir.

Abraço!

Gênio

http://homemdeletras.blogspot.com/2009/06/eu-me-livro.html