sexta-feira, 24 de abril de 2009

Refletindo sobre a sexta feira


Sexta feira chegou, e assim como todas as semanas, me deparo com um sentimento de evasão espiritual, como se o meu espírito clamasse por viver, correr e experimentar novos sabores. As pessoas se telefonam, se arrumam e saem em busca de algo que não encontram nem nas suas casas quentes e aconchegantes nem no frio apático da internet.
Mulheres se juntam com suas amigas com vontade de quebrarem a rotina e quem sabe encontrarem um carinha legal pra trocarem telefones e se encontrarem no domingo. Rapazes saem das suas casas planejando não voltarem antes do amanhecer e de aproveitarem tudo o que a fria e deserta madrugada de abril tem a lhes oferecer.
Certo é que, em sua maioria, as pessoas procuram refúgio em algum lugar onde possam se relacionar das mais diversas maneiras, tendo como combustível principal, o álcool, o grande diluente social da humanidade.
Sim, agora que esse bendito sexto dia da semana chegou, é saber o que se espera da sua noite: Novela das oito em casa (nunca!)? filme no cinema? uma cerveja na esquina? bate papo sem motivo em chat (dispensável, só você estará por lá)? tudo depende do que o nosso destino nos reserva.
Espero calmamente que a névoa deixada pela semana na minha mente desapareça de forma instantânea para aproveitar os vindouros dias de folga. E sei muito bem que o bálsamo que irá curar a minha cabeça encontra-se escondido nessa noite vindoura, podendo estar embaixo de uma mesa de um bar ou nos carpetes sujos de motéis baratos de uma cidade distante. Tudo depende unicamente do meu estado de espírito e do meu humor.


Sexta feira

Não sei se estou perdido
Entre bares e odores
Num recanto escondido
Entre um jardim de flores

Me perdi nos pensamentos
Nessa minha última hora
Esqueci dos meus tormentos
Já não quero ir embora

Vejo rostos em movimento
Bem mais lentos que outrora
Os decotes soltos ao vento
Não me deixam ir embora

Não há motivo e nem hora
Ninguém tem era e nem beira
Os nossos medos vão embora
Pois chegou a sexta feira

Cristiano Cabral Marques

Um comentário:

Letícia Botelho disse...

Cris, eu também adoro sexta-feira o único problema é que três dias depois é segunda-feira e acaba toda a magia.
Em fim, passa no meu blog e ver o primeiro humano a pegar gripe suína (já que ninguém fala em outra coisa).

Viva sexta-feira;

Srtª Botelho.