sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Estado de quase morte




Oh não, o meu coração parou!

E agora eu não sinto mais o vento

E também perdi o meu talento

Não sei mais dizer quem sou


Já não sinto o cheiro da vida

Mais o frio doentio desse chão

E como premio de consolação

Não sinto a dor de nenhuma ferida


Lembro do brilho do sol e do mar

De todas as orgias sob a luz da lua

Das ninfetas que não consegui amar

E agora sou essa natureza morta e crua


Mais sei que valeu a pena ter vivido

E ter pulado em um barco sem fundo

Ter desfrutado dos males do mundo

Estou contente por ter morrido

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