
E agora eu não sinto mais o vento
E também perdi o meu talento
Não sei mais dizer quem sou
Já não sinto o cheiro da vida
Mais o frio doentio desse chão
E como premio de consolação
Não sinto a dor de nenhuma ferida
Lembro do brilho do sol e do mar
De todas as orgias sob a luz da lua
Das ninfetas que não consegui amar
E agora sou essa natureza morta e crua
Mais sei que valeu a pena ter vivido
E ter pulado em um barco sem fundo
Ter desfrutado dos males do mundo
Estou contente por ter morrido
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