domingo, 23 de maio de 2010

Poema domingueiro

Alto

És uma deusa entre os humanos
Que tão profanos, sacrificam a vida
Remediando a própria ferida
Que esquecida se perde entre panos

Tens o cheiro de um mundo novo
Que no estorvo da noite se cala
Perfurando a pele como uma bala
Guiando o meu nascimento denovo

Trazes o frio deste inverno
Que nenhum ser etéreo suportaria
E nenhuma alma senil sorriria
Ajoelhada a este ser belo e eterno

Mesmo na terra és purificada
E sacrificada em um monumento
Se o pesar for só um sentimento
És o desfecho desta triste escada

Cristiano Cabral Marques

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