segunda-feira, 3 de maio de 2010

A benção e a ferida

Como posso contemplar-te?
Se o teu nome é uma prece
Um florescer que resplandece
Em uma obra de arte

Que alimenta uma vida
E jamais instiga a morte
Em um suspirar mais forte
És a bênção e a ferida

Mas neste caminho escuro
Versos são uma indecência
Nos jardins da inconsequência
A insensatez é um muro

E mesmo estando aqui calado
Este teu olhar é reza
Para este mortal que preza
A beleza de um pecado

Cristiano Cabral Marques

Um comentário:

Petrúcio da Hora disse...

Cada dia que passa, fico mais seu fã...