quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ainda assim eu sou poeta

Não sou o poeta que chora
Nem tenho um olhar demente
Sim, sou como uma serpente
Que espera a melhor hora

Não sou o poeta que ama
Nem lamento estar sozinho
Pois escolho o meu caminho
E acendo a minha chama

Não sou eu quem quer morrer
Nem tão pouco ser lembrado
Pois prefiro estar calado
Que não ter nada a dizer

Mas se sigo a minha reta
Por caminhos tão distintos
De prazeres tão famintos
Ainda assim eu sou poeta

Cristiano Cabral Marques

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