Depois de um final de semana turbulento sempre vem aquela segunda feira entediante e vexatória, aonde você não sabe aonde enfiar a cara ou o que fazer pra o próximo chegar. Você lembra das coisas loucas e divertidas que fez nos dias anteriores e pensa que a sua vida bem que poderia ser uma noite de sábado eterna, com todos os seus detalhes.Saímos para nos divertir e nos aventurar, sem saber o que pode acontecer e como voltaremos pra casa.
Somos pessoas que tentam se comportar de maneira sociável e calma durante a semana, mais quando chega uma bela noite de sexta, parece que alguma coisa toma conta dos nossos corpos...viramos quase outras pessoas!Afinal, já dizia o grande mestre Johnny Cash, “há algo no domingo que faz o corpo se sentir só”, e o pior que é verdade!
De qualquer forma, temos a certeza de que quando cair a noite da sexta, estaremos todos juntos, bêbados, loucos e salientes. Então, enquanto essa sexta não chega, é fumo e ralação pra cima...deixo aqui um poema de Augusto dos Anjos chamado “o ébrio”, que tem a ver com essa situação semanal que passamos.
O ÉBRIO
Bebi! Mas sei porque bebi!... Buscava
Em verdes nuanças de miragens, ver
Se nesta ânsia suprema de beber,
Achava a Glória que ninguém achava!
E todo o dia então eu me embriagava
- Novo Sileno, - em busca de ascender
A essa Babel fictícia do Prazer
Que procuravam e que eu procurava.
Trás de mim, na atra estrada que trilhei,
Quantos também, quantos também deixei,
Mas eu não contarei nunca a ninguém.
A ninguém nunca eu contarei a história
Dos que, como eu, foram buscar a Glória
E que, como eu, ira-o morrer também
Augusto Dos Anjos
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