terça-feira, 25 de setembro de 2007

Vazios ambulantes

Eu vejo uma multidão seca e falante
Tentando ser o seu próprio diamante
Moldada em um quadro negro vazio
Afogando o seu caráter num rio

Sentindo o peso de uma vida decente
Pagando o alto preço por ser gente
Vivendo em um mundo que se perdeu
São pessoas que o profeta esqueceu

Más nem tudo ainda está acabado
Eu apenas quero escolher o meu fim
Não enxergo ninguém ao meu lado
E o diabo está rindo de mim

Não existem gritos de desespero
Nem anestesia nessa religião
O amor sumiu num nevoeiro
Não há mais ninguém nessa multidão

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